sexta-feira, novembro 23, 2007

Decepção

Olhei para o fogo e caminhei,
E quando a dor era sobrehumana,
Nem aí eu parei...
Fixei-me nas chamas,
E vi-lhes mentiras no olhar,
Ri-me com a imagem profana,
De ver-me a mim a queimar.

Mas sem sequer eu reparar
O fogo desvaneceu-se,
E um espetaculo sem par,
Transformou-se de repente,
Numa indefesa decepção,
O vento soprava mais quente,
E as cinzas dela jaziam no chão.

"Tento entender o rumo que a vida nos faz tomar, tento esquecer a mágoa, guardar só o que é bom de guardar" Mafalda Veiga

P.S. Já agr o(a) caramelo(a) do(a) caloiro(a) que me andou a comentar o blog e n quis dizer quem era ja se pode revelar... :p

domingo, novembro 18, 2007

Este fim de semana decidi ficar na terrinha. Não para poupar dinheiro, nem tão pouco para estudar. Apeteceu-me ficar sozinho, fugir um bocado da azáfama do dia a dia, sem gente por todo lado e com muito tempo para descansar. Isolar-me do mundo durante 2 dias é uma espécie de defesa, uma garantia de não ser tomado como parvo, um retiro para que perceba que não posso dirigir uma bala e um ramo de rosas a um mesmo objecto, sem que este mereça nem um nem outro. Eu posso ser va... Despistado.
Mas consigo ver além do óbvio e muito mais do que os discursos feitos, para mim, valem pequenos gestos, sorrisos e comentários, que me mostram que nem tudo é claro como era suposto, como eu acho que mereço.

Este é de mim para mim.

domingo, novembro 04, 2007

Como se...

Como se fosse o sol
Um simples brilho no olhar
Como se fosse o céu
Só uma andorinha no ar.
Como se fosse meu
O desígnio desta vida,
Como se os teus olhos,
Fossem zona proibida.
Como se os sonhos não se perdessem na claridade,
Como se isso pudesse ser verdade…

E se o milagre te fugir da mão
Só te peço que não partas,
Que não deixes que o coração,
Se corrompa por noites sem fim.
Não foram postais nem cartas,
Que me prenderam o olhar.
Ou então foram. Enfim…
Sei que reaprendo a amar,
Que sonhar já não é tão preciso.
E, de repente, abre-se um sorriso…

sábado, novembro 03, 2007

Apagar este post não significa que o que lá está escrito deixou de fazer sentido. Faz, e bastante. Mas não tenho por hábito lavar roupa suja no blog e por isso peço desculpa.

sexta-feira, novembro 02, 2007

Descoberta

Chegaste enfim... Sem hesitações atracaste onde o porto já não é mais que um conjunto de escombros. Não temas, é extenuante o trabalho de juntar os cacos, mas há palácios que valem uma vida e na verdade, qualquer segundo não passado a contemplar a negra beleza do apocalipse valerá muito mais que séculos. Séculos em que o escuro do céu mutilava a alma e em que seres vindos do nada, deixavam no peito um rasto de destruição pelo simples e cruel pecado de existirem. Hoje o sol dói no corpo, mas as ínfimas lágrimas de dor diluem-se corajosamente no mar de felicidade que brota dos olhos. E, sem aviso, adormeces no meu ombro a ver as ondas.

Não há nada como bater no fundo... :p