domingo, outubro 31, 2010

Muito mais

Este já andou por cá... :p


Muito mais o quente de ti,
Que o gelo da mente.
Muito mais noites sem paz
Que uma paz aparente.
Muito mais frutos no chão,
Que a semente lançada.
Muito mais corpos na cama,
Que no gume da espada.
Muito mais ramos de rosas,
Que infinitas moedas.
Muito mais queda livre,
que pára-quedas.
Muito mais beijos de morte,
Que os lábios secos.
Muito mais palavras ao ouvido,
Que meros ecos.
Muito mais homens no mar,
Que barcos em terra.
Muito mais guerra,
De olhares...

domingo, outubro 24, 2010

Naufrago

Bato com a cabeça no tecto vezes de mais
Por voar mais alto do que devia,
Esqueço que o barco não passa além do cais,
Ignoro os braços que me prendem,
Na seca da calmaria,
Gritando-me aos ouvidos,
Que estás longe do meu Mundo,
Ao largo dos meus sentidos.
E eu sinto-me moribundo,
Morrendo-me nos teus braços,
Dou-me uma ultima vez,
À justiça das marés.
E perco-me nos teus laços.

quinta-feira, outubro 14, 2010

Hoje precisei mesmo de escrever.

De destino ao sabor dos ventos,
Estou total e absolutamente à toa,
Não é da minha natureza,
Mascarar a vida de boa,
e aliá-la aos meus intentos.
Não sei se interprete as palavras,
Como quero que elas soem,
Como acho que elas doem,
Ou como são realmente.
E nesta face da minha existência,
Talvez seja mesmo incompetente.

sábado, setembro 18, 2010

Não sei dar titulos.

Entrei pela porta, intrépido.
Soltei-me. E o fogo do Inferno,
troçando do normal,
Muito mais do que terno,
Pareceu-me medicinal.

Na urgência do momento,
À falta de iluminados,
Convoquei os meus botões,
Cretinos desapegados,
Das minhas opiniões.


Chegamos à conclusão,
Que por tras de negro véu,
O Inferno é um improviso,
De fazer amor no céu,
E acordar no paraíso.

sexta-feira, março 12, 2010

Traz os pedaços de ti,
Mostra o caminho do céu,
Crava-me as unhas na pele,
Deixa-me tudo o que é teu,
Chama-me nomes de mel,
Espalha-te pelo chão,
Flui pelas paredes
Morde-me o coração
E amarra-me nessas redes
A que chamas mãos,
Evaporamos, desaparecemos,
Calamos e só nos olhamos,
Quase nos vemos.
Adormecemos.

segunda-feira, janeiro 25, 2010

Estou destreinado de dar titulos a isto.

Não andes mais nessa avenida,
De entretantos.
Amarrota a vida,
E chuta-a para um canto,
Se tiver que ser.
Procura-o onde se esconder,
O encanto.
Grita mais longe que o fim do mundo,
Abafa a consciencia.
Perde de uma vez a paciencia.