domingo, agosto 27, 2006

Fiat Uno

Ora andando eu nas minhas algarviadas e tendo muito tempo livre deu-me pra parvoice e começou-me a palpitar qualquer coisa na mente... Foi então que surgiu qualquer coisa diferente do que eu costumo escrever. Uma musica sobre o grande, o inigualável e mítico Fiat Uno, saiu assim...

Fiat Uno

Neste ninho de amor
de cadeiras reclinadas
Vejo o mundo exterior
À distancia de dedadas

No vidro embaciado
Condensamos a loucura
Percorremos todos os pecados
Nesta viatura

Sou mais!
No Fiat Uno os pedais
São teclas de piano
em louca melodia
Chamar-te Jane numa liana!
A tua boca prometia,
Amor e uma cabana!
Amor e uma cabana!

Beijos com um travo a mel
E os melhore sabores da vida
És a minha Israel
A minha terra prometida

Crio um paraíso no mundo
Em quaisquer banais vielas
Vou fazer do Fiat Uno
Um hotel de 5 estrelas

Sou mais!
No Fiat Uno os pedais
São teclas de piano,
em louca melodia.
Chamar-te Jane numa liana.
E a tua boca prometia,
Amor e uma cabana!
Amor e uma cabana!

Reflectido no teu corpo
Vejo a noite e a claridade
Vou esperando neste Porto
Pra embarcar na eternidade!

Sou mais!
No fiat uno os pedais
São teclas de piano
em louca melodia.
Chamar-te Jane numa liana.
A tua boca prometia
Amor e uma cabana!
Amor e uma cabana!

Quanto à musica imaginem assim uma coisa tipo Elvis, aliás ele ofereceu-se para cantar mas eu fiz-lhe ver que o facto de estar morto ia dificultar as coisas em termos de marketing...

quinta-feira, agosto 17, 2006

Algarve

Já são 5 da manhã
Ainda há tempo esta noite
Para quem começa a viver,
A rádio sussurra "Manhata"
Em acordes distorcidos
Que nos enchem de prazer

Voam pássaros morcegos
Assustando o pára-brisas
E a paisagem que amanhece.
Queres parar, mas não aqui
Que essa luz parte de ti
E o desejo que acontece.

Da chuva faço
Mil estradas de vidro
E o meu carro a rolar.
No ar o cheiro do destino,
No chão a pele quente
Do Algarve a acordar

Já passamos Castro Verde,
E escreveste na planície
Como se esta fosse um papel,
Dizes: "o mundo não compreende mais do que esta à superfície"
"Ne me quitte pas", pede Brell

Entre néons e Nirvana
Vais mudando de estação
Como se a próxima fosse a melhor.
E os sons que a serra esconde
Entre o asfalto e o monte,
São mais que a pressa do motor.

Da chuva faço mil estradas de vidro
E o meu carro a rolar.
No ar o cheiro do destino,
No chão a pele quente
Do Algarve a acordar

Um dia de silencio
É um dia de amargura
Igual a outro dia qualquer
Trazes nos olhos o desejo
Onde vejo a aventura
Que ainda vamos viver.

Da chuva faço mil estradas de vidro
E o meu carro a rolar.
No ar o cheiro do destino,
No chão a pele quente
Do Algarve a acordar

A música pareceu-me apropriada...

Boas férias. (I'll be back)

quinta-feira, agosto 03, 2006

Fado do Encontro

Vou andando
Cantando
Tenho o sol à minha frente
Tão quente, brilhante
Sinto o fogo à flor da pele
Tão quente, beijando
Como se fosses tu

Ao longe,Distante,
Fica o mar no horizonte
É nele, por certo
Onde a tua alma se esconde
Carente, esperando
Esse mar és tu

Pode a noite ter outra cor
Pode o vento ser mais frio
Pode a lua subir no céu
Eu já vou descendo o rio...

Na foz
Revolta
Fecho os olhos penso em ti
Tão perto
Que desperto
Há uma alma à minha frente tão quente,
Beijando
Por certo que és tu

Pode a lua subir no céu
E as nuvens a noite toldar
Pode o escuro ser como breu
Acabei por t'encontrar

Vou andando
Cantando
Tive o sol à minha frente
Tão quente brilhando
Que a saudade me deixou
Pra sempre, por certo
O meu Amor és tu

Um dueto entre o Tim e a Mariza que descobri hoje. É simplesmente delicioso...
Se alguem quiser que me peça.