sábado, outubro 06, 2007

Eu sei... Foi uma ausência longa. Hoje a vontade de escrever não é a mesma, não me vou desculpar com falta de disponibilidade, é falta de vontade mesmo. Às vezes pergunto-me se este blog não me faz mais mal que bem. Por enquanto, foi isto que saiu.

Conta-me tudo… Todas as angústias e raivas, os romances e aventuras. Tudo o que eu quero e o que eu não quero saber, mas preciso…
Conta-me as histórias que encerram as marcas de sal na tua cara, aquelas que escondes do mundo e me tiram de noite a vontade de dormir. Deixa-me por os pontos nos teus ii e acariciar-te o cabelo como mais ninguém sabe senão eu, eu na minha inexistência crónica, eu na minha voracidade de ti.
Solta para mim as amarras que prendem os sorrisos que eu conheço e que guardo para me aconchegarem de noite, as palavras doces que de tão raras sabem a um açúcar que decerto ainda não foi descoberto.
E então, volta e meia, sinto uma necessidade de não te ver, de ser de novo o ser que conheci. Menos gente, menos louco. Um ser que não suportava, qual chaga, este peso insustentável no peito, por vezes quase mortal.
E tu passas presa a ti, como se os dias fossem iguais a sempre (decerto que são…) e não contas nada.

Boa noite.